sábado, 23 de maio de 2009

V.I.P.

Quando estamos em casa, em nosso país, muitas vezes nos sentimos V.I.P. e mal dos damos conta disso até passarmos a ser imigrantes. Como eu já vivi durante cinco anos com esse rótulo, algumas vezes me lembro de como era essa sensação.

Aqui no Brasil, temos nossa família, amigos e amigos dos amigos – o tal network. Com isso, de vez em quando conseguimos algumas vantagens como ingressos para assistir um show no camarote, ingressos para a estréia de uma peça de teatro, um tratamento diferenciado no restaurante do amigo do amigo, lugares melhores no avião, indicação para uma oportunidade de trabalho... Enfim acredito que todos já tiveram alguma situação em que se beneficiaram de um tratamento V.I.P. pelo simples fato de “conhecer alguém” ou talvez até de “ser alguém”. Isso acontece porque nossa cultura é assim, as pessoas têm tratamentos diferenciados dependendo de uma série de fatores, tanto bons quanto ruins.

Me lembro do tempo em que eu morava nos EUA... Eu sentia muito a falta desses privilégios (embora isso soe um tanto burguês, não tem como negar). Lá eu me sentia literalmente mais um, um número na multidão. Por mais politicamente correto que isso seja, todo mundo gosta de ser V.I.P. em algum momento, nem que seja por questões de “sobrevivência”, como o fato de ser indicado por um amigo para um processo seletivo que não está sendo divulgado.

Pensando nisso bate uma insegurança de sair da nossa terra e ir para outra que ninguém te convidou e começar tudo do zero, literalmente sozinhos.

De onde será que nós, que temos a vontade de imigrar para outro país, tiramos essa coragem?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Documentos Enviados

Decidimos realmente fazer as coisas acontecerem. Sábado passado no encontro do grupo do Canadá tiramos algumas dúvidas com relação ao preenchimento dos formulários e passamos o final de semana resolvendo isso. Apesar de o grupo ser do processo federal tem algumas pessoas que são do processo de Quebec e puderam nos ajudar.

Ontem enviamos todos os formulários e os nossos documentos para o consulado. O Nando já está vendo professor particular para se preparar para a entrevista em francês.

Agora estamos oficialmente de volta à espera!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Começando tudo de novo…

Oi gente, depois desse longo tempo de ausência e reflexão estamos de volta. Como todos sabem nosso processo federal foi recusado e só agora estamos recebendo o nosso dinheiro de volta.


Nesses três meses de espera, confesso que chegamos a ficar com uma pontinha de esperança de que eles analisassem melhor o nosso caso e nos deixassem continuar. Acho que por isso ficamos estagnados. Eu me considero uma eterna otimista, mesmo que todos os processos iguais ao meu estivessem sendo devolvidos, acreditei que poderiam considerar a minha experiência de trabalho e a minha educação em território norte-americano e aprovar o nosso caso. Mas quando já pediram o número da nossa conta para fazer a devolução do dinheiro, percebemos que realmente estávamos fora.


Foram três meses de reflexão. Algumas vezes pensamos que toda essa situação poderia ser uma resposta divida às nossas orações; outras vezes pensamos que agora as nossas vidas estão bem encaminhadas profissionalmente e em todo o trabalho e insegurança que nos traria uma mudança; pensamos ainda que apesar de todos os problemas de nosso país, somos felizes aqui por estar perto de nossa família e amigos.


Durante esse período eu peguei um projeto de consultoria em Manaus de quatro meses, voltando ao Rio de 15 em 15 dias só para o final de semana. Esse tempo tem sido muito bom para me distanciar da rotina e ver quem realmente faz falta, perceber como a nossa rotina é estressante e também a conviver com a chuva todos os dias rsrrs. Pois é, falam de Vancouver, mas aqui chove mais que o dobro que lá.


Voltamos a conversar sobre as possibilidades que ainda temos para imigrar com todos os benefícios do governo e decidimos que iremos tentar novamente, só que dessa vez via Quebec. Vamos aproveitar a fluência do Nando no francês e no inglês e fazer a aplicação no nome dele. Fizemos o teste online e mesmo eu não falando nem uma palavra em francês, tivemos pontos suficiente.


Decidimos também que dessa vez iremos tentar resolver tudo diretamente, sem o pessoal da interapoio. Acreditamos que não seja tão difícil assim, afinal quase todo mundo que conversamos estão fazendo por conta própria.


Agora estamos preenchendo a papelada e juntando os documentos para a aplicação. Depois eu escrevo um post só com os detalhes desse novo processo.