Voltei a trabalhar

Pois é, enquanto as coisas do Canadá não se resolvem, por aqui minha vida vai andando. Por mais estranho que isso possa parecer, a empresa de consultoria que eu trabalhava e que me demitiu a 2 meses atrás, me chamou de volta para trabalhar.
Surgiu um novo projeto semelhante a um que já fiz e me chamaram para fazer parte da equipe. Só que com duas condições: uma que eu seja prestadora de serviços e não contratada como pessoa física (afinal de contas já tenho 30 anos, sou casada, vai que eu engravido...); a outra condição é que eu passe 3 meses em Vitória de segunda à sexta. Para mim, essa é muito pior, passar a semana toda longe do Nando, morando num hotel.
Como com essa crise não estou em condições de escolher, aceitei. Já comecei a trabalhar de casa e em reuniões aqui no Rio essa semana mesmo. A partir do dia 5 já começo minha jornada em Vitória.
Pelo menos já começo o ano trabalhando...

Novas Possibilidades

Com essa crise política no Canadá, as coisas por aqui estão bem confusas. Uma hora eu fico sabendo que o consulado irá esperar as coisas se resolverem por lá para começar a colocar em prática a nova lei e enquanto isso irá se adiantar nos processos antigos que ainda estão esperando. Eles estão liberando processos de pessoas que deram entrada em maio de 2007. Agora já mudaram as informações, estão dizendo que o consulado dará prioridade aos processos que se enquadrarem na lista das 38 profissões e os antigos serão feitos quando der.

Eu estou achando que essa confusão irá continuar até março ou abril, quando o parlamento retornar do recesso e as coisas começarem a acontecer, seja uma nova eleição ou a estabilização do atual primeiro ministro. Assim as coisas ficarão mais certas para o consulado agir. Nisso o meu processo estará parado por quatro meses. Estou achando que é capaz de levar mais tempo do que os 24 meses dos processos antigos. Por isso estou vendo outras possibilidades de ir.

Uma possibilidade seria conseguir uma proposta de trabalho e ir como trabalhador temporário. Mas isso é muito difícil, quem vai empregar alguém de outro país que só conhece virtualmente?

A outra possibilidade é de ir para fazer um curso de pelo menos 1 ano, como international student. Nesse caso a pessoa que for fazer o curso, com o documento de matrícula e aceitação da escola, consegue o visto de estudante com direito a permissão de trabalho ½ período e o seu acompanhante recebe a permissão de trabalho aberta, sem restrições. Estive vendo o Anderson College e eles oferecem cursos interessantes com direito a estágio na área de estudo. O único problema nesse caso é a grana, pois um curso de 1 ano custa $12.000 e uma pessoa do casal ganhará muito pouco por 1 ano (o salário de um estagiário varia entre $8 e $10 por hora).

Estamos avaliando e pensando, pelo menos temos algumas possibilidades para considerar.

De volta à espera...

De volta ao Brasil e mais anciosos que nunca, nos deparamos com a tão esperada lista de profissões e para a nossa decepção, eu que sou a aplicante principal não me enquadro em nenhuma. Conversamos com a agência de SP para ver o que poderíamos fazer e descobrimos que como o Nando se enquadra em uma, podemos mandar uma carta ao consulado solicitando a troca do aplicante principal para que seja ele. Simples assim... só não resolve muita coisa...
O problema é que a situação política no Canadá está bem complicada. O primeiro ministro que foi eleito em outubro desse ano e que divulgou a tal lista está com o seu mandado ameaçado. Pois é, por mais estranho que isso possa nos parecer, por lá isso é possível: uma nova eleição pode ser convocada.
O primeiro ministro conseguiu adiar isso com um recesso do parlamento até o final de janeiro. Enquanto isso, segundo a agência que cuida do nosso processo, o consulado ainda não sabe como proceder. Essa situação pode durar por mais alguns meses se houver uma nova eleição e caso a oposição vença a nova eleição, pode mudar novamente as leis de imigração.
Enquanto isso, a nós, só resta acompanhar e esperar...

Últimos dias

Sexta estava chovendo bastante, aproveitamos para ir ao shopping.

Sábado também estava chovendo e fomos dar uma volta com os nossos amigos. Fomos para Granville Island visitar o Public Market e o Nando aproveitou para conhecer a cervejaria Granville Island Brewing com a degustação de várias cervejas artesanais.

Depois fomos dar uma volta no Stanley Park e mais tarde já pegamos o vôo de volta ao Brasil.

Whistler

Hoje madrugamos, pegamos o carro (Toyota Matrix - o mais popuplar, $29,00 a diária) e seguimos na estrada para Whistler. A estrada é muito linda, acompanhamos o mar à esquerda e ao fundo as montanhas com neve. Só é irritante dirigir a 50 Km/h, já que metade da pista está em obra para as olímpiadas de 2010.

Estrada para Whistler

Village

Chegando no Village de Whistler, estava um dia lindo com 0°C no Village e -3°C no pico da montanha. Demos uma volta nas lojinhas procurando aluguel de roupa e equipamento para esquiar. Infelizmente lá não se aluga roupa, somente o equipamento, por isso decidimos não arriscar congelar lá em cima. Subimos junto com o pessoal do esqui só para conhecer. São 30 min de subida na gondola (uma espécie de bondinho fechado) com um visual maravilhoso da montanha.

Dica: Compramos um Hand Warmer, um saquinho seco que ao abrir a embalagem ele começa a aquecer e se mantém quente por 7h. Tem tb para os pés. Colocamos um saquinho dentro de cada luva e isso ajudou muito! Cada pacote vem com 2 saquinhos e custa $2,00.

Chegamos no pico da montanha e a energia do lugar é indescritível. As nuvens andavam rápido demais, ventava muito e de repente o tempo fechou. Tiramos muitas fotos, estava bem cheio pois era dia de thanksgiving nos EUA.

Descemos para passear mais no Village e paramos para almoçar. Na saída do nrestaurante fomos presenteados por neve caindo do céu! O Nando nunca tinha visto e ficamos muito felizes, até nos esquecemos do frio!!!

A noite para completar o nosso dia, tivemos uma excelente notícia: o Nando recebeu uma proposta de emprego bem melhor do que ele tinha e já para começar dia 1/12!

Conhecendo West End

Hoje o dia amanheceu com o sol brilhando no céu e 3 graus. Fomos conhecer o Canadá Place e o Waterfront. Muito bonito, uma área de porto bem sofisticada.

Seguimos depois para o nosso reconhecimento da cidade. Seguimos para a área de West End, próximo a English Bay. Uma área linda d+, pena que não tem Sky train para esse área, só uma linha de ônibus. Tb achamos caro, vimos alguns apts e o preço médio de um apt de 1 quarto é de $1.600.

Vista de West End

English Bay

Fomos depois até o Stanley Park, mas estava muito frio para irmos andando lá por dentro, então vimos o Lost Lagoon e desistimos.

Fomos para Downtown, pegamos o sky train e fomos conhecer o outro lado de Burnaby. Descemos na estação Gilmore, uma área com contruções novas, prédios muito bonitos, altos e modernos, os mais caros estavam com apts de 2 quartos por $ 1.600 e os mais baratos por $1.200. A diferença de preço é relacionada com a distância do prédio a estação de sky train, quanto mais perto, mais caro.
Não sei se já falei antes, mas estamos hospedados na casa de amigos, em Downtown e estamos rodando toda a cidade de ônibus e Sky train. Tudo é muito confortável, rápido e seguro. O transporte público por aqui realmente funciona.
No final da tarde resolvemos alugar um carro para irmos para Whistler amanhã. É a abertura da temporada lá e queremos aproveitar...

Hoje no decorrer do dia, mais uma vez nos surpreendemos com a simpatia do povo canadense, primeiro no Waterfront, paramos num ponto de informações turísticas e ficamos quase 1 hora conversando com uma senhora inglesa que mora aqui a 30 anos. Ela nos deu um monte de papéis com todas as informações da cidade, nos falou sobre cada bairro e suas ventagens para se morar. Falou tb do sistema de saúde, que ela tem tb um plano privado pelo trabalho e que paga $30 por mês e que se precisar, usa um médico particular (não entendi exatamente como isso funciona, mas td bem).
Mais tarde no Sky train, fui perguntar para um japa como se chegava na estação de Gilmore (tem que fazer baldiação de linhas) e ele simplesmente foi conosco até lá, conversando, nos contando sobre a cidade...
Em Gilmore, paramos num starbucks e perguntamos sobre a vizinhança. Todos os atendentes pararam para nos explicar, sugerir lugares para vermos....
Olha, eu acho que deve ter alguma pegadinha, nunca vi tanta gente tão simpática e todos "querendo" que imigrantes venham para cá.
Estamos tirando muitas fotos e anotando todos os sites e detalhes de apts, assim que voltarmos organizaremos tudo e farei um post com fotos e + detalhes sobre cada região.
Amanhã Whistler!

Conhecendo Burnaby

Hoje o dia não amanheceu, acordamos cedo e ficamos esperando até umas 9:00 para ver se clareava, mas nada.

Como muitos dizem, hoje foi um dia típico da cidade: cinza, com uma garoa fina. Nada que molhasse muito, saí com um casaco impermeável e sem guarda-chuva sem problemas.

Fui conhecer a região de Burnaby e ADOREI!!! Fica a 15 min de skytrain de Downtown, mas é uma área residencial, tranquila, e com construções novas de prédios; casas tem de todos os jeitos. Eu gosto muito do sistema de rental community como se chama nos EUA, mas descobri que por aqui chamam de Home Rentals. Que são propriedades contruídas para serem alugadas por empresas que gerenciam esses apts. Lá em Burnaby tem muitos prédios assim. A média dos aluguéis está em $ 1.200 um apartamento de 2 quartos, moderno e bem espaçoso.

Central Park

Amanhã tem mais...

Mais um dia lindo em Vancouver

Hoje fomos conhecer Kitslano, quando saimos de casa estava 0 graus, mas um dia lindo de sol. Fomos a pé de downtown até a praia de Kitslano, conhecendo as casas e apts, tentando nos imaginar morando por aqui.

Downtonw

Ponte de Downtown p/ Kitslano

Praia de Kitslano

Subi da praia até a 4a st. perguntando, conversando com as pessoas e observando as rotinas delas. Achei o lugar lindo, mas com construçoes muito antigas e muiiiittttooo caras. Achei um condominio de rental homes, com apts de 2 quartos para alugar por $1.600. Mas de maneira geral eu nao gostei do lugar para morar. Achei caro demais, esses apts para alugar eram os melhores, mas ainda assim muito sem graça.

Andando pela cidade, conversei com algumas pessoas que moram aqui, disse que estava pensando em me mudar para cá e para a minha enorme surpresa, todos foram muito solicitos, a ponto de parar o trabalho para me explicar detalhes da cidade. Achei os canadenses muito simpáticos e com um ingles sem sotaques, falam devagar, perfeito!
Depois fomos para a Comercial dr. um local indicado por um canadense que conhecemos, mas nao gostamos, é um lugar com muitos mercados populares e muitos hispanos e italianos.
Voltamos para Dowtown andamos pelas ruas, tudo muito organizado, limpo e a educaçao das pessoas entao nem se fala...
Conheci uma brasileira que trabalha num centro de integracao para imigrantes, ela me falou que hoje o mercado de trabalho por aqui esta bem complicado, muitos estao demitindo e ate na instituicao dela que é non profit demitiram 7 pessoas. Ela disse que a previsao de melhora é para Julho do ano que vem. Perguntei tb sobre a questao de salário para os imigrantes, e ela disse que pela falta de experiencia canadense nao costuma passar de $40 mil p/ ano. Mas disse tb q em 1 ano já consegue passar para $50 e assim vai.
Amanha iremos ver mais apts e outro lugares mais novos para morar...

Chegada na Cidade

Depois de quase 24h de viagem, duas paradas nos EUA, finalmente chegamos em Vancouver. Um dia lindo, ensolarado e frio (11 C). Fomos para a montanha, aproveitar a tarde - Grouse Mountain.

Muito frio, mas lindo!!!
Estamos muito cansados, amanha mandamos mais noticias...

Loucos a Caminho de Vancouver...

É assim que nossa família e amigos está nos definindo hoje! Realmente confesso que somos um casal bem diferente de todos os outros que conhecemos, mas eu não nos definiria como loucos, afinal de contas tivemos todos os riscos calculados, somos apenas ousados!

Para quem não está entendendo nada, nós resolvemos ir conhecer Vancouver!!

Eu continuo desemprega e o Nando com uma boa proposta de emprego para começar dia 1° de dezembro. Recebemos a confirmação dessa proposta sexta-feira passada, dia 14/11 no final do dia e percebemos que só teríamos essas duas semanas de férias garantidas, depois, se Deus quiser, só quando já estivermos com o visto definitivo em mãos.

Resolvemos então ir para Vancouver conhecer a cidade e nos certificarmos se que realmente queremos dar continuidade no processo e nos mudar para lá um dia.

Só que tínhamos que resolver 3 probleminhas antes:

Primeiro o visto de turista, como o consulado leva dois dias úteis para emitir, e só em SP, e essa semana teria o feriado do Zumbi, dia 20/11, foi uma correria só. Para muitos isso já seria motivo para desistir, mas nós conseguimos providenciar toda a documentação para o visto na segunda-feira e enviar até às 16h para o nosso advogado em SP, para que ele levasse no consulado terça às 10h da manhã. Tudo chegou a tempo (valeu DHL!!) e ele conseguiu, agora era só esperar que se não tivesse nenhuma exigência, ficaria pronto na sexta-feira.

A segunda parte era assinar a documentação de contratação do trabalho do Nando até sexta, para que eles não precisassem dele aqui na semana seguinte, e ao mesmo tempo, não atrapalhasse a contratação dele. Isso foi um pouco mais difícil, pois não podíamos pressioná-los a fazer o que nós precisássemos muito menos dizer o motivo. Então mandamos e-mails comunicando a possibilidade de viajarmos, mas que se eles fossem precisar de alguma coisa semana que vem, cancelaríamos a viagem.

Terceiro e mais espetacular de todos é que não podíamos comprar as passagens sem antes definirmos essas duas primeiras... Que teoricamente se uma dessas desse problema, não poderíamos dar esse terceiro passo.

Sexta-feira a tarde saiu o visto, estava tudo certo com relação à documentação, só que estava lá em SP com o nosso advogado. Mais um problema: fazer os passaportes chegarem ao Rio a tempo de viajarmos. Pensamos em enviar via aérea, mas as cias. aéreas não transportam passaportes; corremos para ver na rodoviária, e pelo horário só chegaria no Rio sábado de manhã e tb não tínhamos muitas garantias. Acabamos optando pelo Sedex 10 e confiar que o correio entregaria no horário prometido.

16:00 de sexta-feira – Enfim tudo “resolvido”. Passaporte com visto, só faltando chegar de fato em nossas mãos e até essa hora nenhuma manifestação contrária a nossa viagem por parte do empregador do Nando. Resolvemos comprar as passagens.

Ai vai uma dica, comprando as passagens direto pela AA, TAM ou Air Canadá, pagaríamos cerca de 4/5 mil reais CADA PERNA! E pelo submarinoviagens.com.br, o preço caia para R$ 2.500 IDA e VOLTA! Resolvemos então “arriscar” pelo Submarino mesmo.

Tínhamos monitorado a semana inteira os valores e as disponibilidades das passagens, porém na hora que fomos comprar, o site dava um erro, saía do ar, e voltava com preços bem mais altos. O que nós tínhamos visto a semana toda a R$ 2.500, agora que íamos fechar, estava por R$ 3.500. Assim não teríamos mais como ir, ligamos lá e depois de algumas horas conseguimos fechar as reservas das passagens para hoje no preço de R$ 2.500 por pessoa. Agora era só esperar o pedido ser confirmado e os passaportes chegarem conforme o previsto.
Outra dica, se forem usar o submarino, comprem com uma certa antecedência! Nós deixamos para o último dia e quase dançamos.

Sábado, 9:57 da manhã – Chegou o Sedex 10 com os nossos vistos (Ufa...) e confirmamos pelo site do Submarino e pelo site da United Airlines que as nossas reservas foram confirmadas. Viajamos hoje às 23h.

Agora é arrumar as malas e aproveitar!!!

Loucos ?

Voltamos à Estaca Zero

As notícias que deveriam ser boas do último post, ainda não aconteceram. Pois é, aparentemente, por causa da crise, as contratações foram suspensas até segunda ordem do presidente da empresa. Resultado eu ainda estou desempregada. O pessoal do RH da empresa disse que isso pode mudar a qualquer momento, mas ninguém arrisca uma previsão. O que ainda me dá esperança é que a minha vaga não é nova, mas sim uma substituição de alguém que estava saindo da empresa.
Agora estou mandando currículo para todos que conheço e esperando para que alguém me chame em breve...
Para completar ainda não saiu nenhuma notícia sobre as novas leis de imigração, o que me deixa sempre apreensiva sem saber o que esperar e nem para quando. Enquanto isso a ansiedade só aumenta. É muito difícil conciliar tantas incertezas juntas sobre o presente e o futuro, mas um dia de cada vez....

Boas Notícias

Obrigado Carla, Andréa e Daniela pela força. Eu realmente procurei a empresa que havia me feito a proposta e a vaga ainda não havia sido preenchida. Consegui a oferta de volta!
Para comemorar e relaxar, fomos para Buenos Aires passar o final de semana. Fomos sexta de manhã cedo e voltamos na segunda a noite. Foi ótimo, nos divertimos bastante, mas não deixamos de falar sobre o projeto Canadá nem por um dia. Essa ansiedade irá nos acompanhar até conseguirmos o tal visto no passaporte...
Começo no novo emprego semana que vem, por enquanto estou curtindo umas férias...

Eu estava lendo os e-mails do grupo do Rio-Canadá e também compartilho da ansiedade que muitos descrevem com relação a querer ir logo, esperar o processo lá. É estranho estar começando um novo emprego e tudo que isso envolve, aqui no Brasil e estar de olho no que está acontecendo com as leis de imigração. Não me sinto tão comprometida com nada mais por aqui. Sinto que tudo que faço é só para ir me mantendo ou me preparando para a nova etapa da minha vida que está por vir. Às vezes sinto como se muitas coisas da minha vida estivessem em “pause”. Mas sei que não quero me precipitar, e preciso trabalhar para juntar dinheiro. Então estou na torcida que a minha profissão esteja na primeira lista divulgada pelo consulado e que eu consiga resolver o processo o quanto antes...

Mudanças

Nessa última semana minha vida deu uma virada de 180°. Eu trabalho com consultoria empresarial e estava comprometida em um projeto até fevereiro de 2009. Graças à instabilidade da nossa terrinha, sexta-feira passada fui mandada embora da empresa que eu estava. O cliente parou de pagar pela consultoria e resolveu cortar mais da metade do projeto, e a empresa não teria como me manter lá, alegando que os encargos do salário pesam muito.
O mais “engraçado” de tudo isso é que há um mês atrás, eu havia recebido uma proposta para ir para outra empresa do segmento, a proposta era melhor do que o que eu tinha, mas achei que não seria muito profissional da minha parte largar o projeto em que eu me comprometi em realizar, no meio do andamento. Já não é a primeira vez que isso acontece comigo aqui no Brasil, não sei se sou eu que me preocupo demais em honrar a minha palavra ou se é falta de sorte mesmo...
Enfim, hoje eu estou desempregada!

Por que sair do Brasil?

Esse blog é secreto, poucos amigos e familiares sabem, mas ninguém do nosso trabalho sabe sobre esse nosso plano. Uma coisa que sempre temos como resposta quando comentamos da nossa intenção de morar no Canadá é: Por que vocês querem sair do Brasil?

Não me considero uma pessoa pessimista com relação ao futuro do Brasil, nem sou do tipo que reclamo a cada buraco que passo ou a cada amigo que é assaltado. Por ter morado nos EUA por 5 anos, eu sei apontar exatamente os prós de se morar num país civilizado, onde as coisas funcionam, onde você não pega fila para nada, onde você consegue uma tranqüilidade no seu dia a dia, que só percebe, quando não a tem mais. Eu poderia ficar aqui descrevendo a vida nos EUA, mas a questão é que eu deixei essa “vida maravilhosa” e escolhi voltar para o Brasil, mesmo tendo Green Card, trabalho, casa....

Na época eu tinha 24 anos e nunca tinha experimentado a vida adulta no Brasil, saí daqui muito nova, da mordomia da casa dos meus pais sem nunca ter trabalhado ou lavado uma peça de roupa direto para um país estranho, para estudar, trabalhar e me manter sozinha. No início era tudo festa, mas com o tempo, a responsabilidade, as dificuldades da rotina, tudo parecia desnecessário comparado a minha vida no Brasil. Com o tempo, a saudade da minha família, da minha irmã, até da minha cachorrinha, começaram a pesar bastante. E acreditando que com toda a experiência que eu havia adquirido na faculdade e no trabalhando, poderia ter uma vida mais privilegiada no Rio de Janeiro. (Pura imaturidade, mas... só vivendo e aprendendo!)

Voltando a questão principal, hoje eu estou aqui no Rio já a 5 anos, com a minha vida estabelecida, realmente a primeira reação que tive quando pensei em morar fora foi: Mudar de novo! Eu sei o trabalho que dá selecionar o que levar para a nova vida, deixar para trás muita história de vida, amigos, família, costumes... Começar tudo do zero, nossa dá um desânimo só de pensar em todo o trabalho.

Mas avaliando a qualidade de vida que eu tive durante os 5 anos que estive nos EUA e os quase 6 que estou no Brasil, não tenho a menor dúvida de que o trabalho todo de mudança valerá a pena. Aqui no Brasil se curte a família, amigos, praia... mas tudo com um stress que muitas vezes não nos damos conta, já faz parte da nossa rotina e muitas dessas questões são culturais, levariam séculos para serem mudadas. Pequenas coisas como o fato de numa avenida de duas pistas, se transformarem em quatro filas de carro, isso tudo em frente a uma guarita policial, que vê isso todos os dias e não faz nada, já mostram como as coisas funcionam por aqui.

Eu acredito que aqui no Brasil eu teria mais condições de ter melhores ganhos financeiros, mas eu definitivamente não troco a qualidade de vida que eu já vivi pelo dinheiro que eu poderei ganhar ficando aqui.

Você agora deve estar se perguntando porque então o Canadá e não simplesmente voltar para os EUA. Optamos pelo Canadá pelo fato de o país nos querer lá. Nos EUA, eu tive vários problemas, apesar de estar legal, com discriminação no trabalho com relação a cargos de liderança para imigrantes, com relação a segregação de bairros e restaurantes. Fora o problema que a minha família tinha toda vez que ia me visitar, para tirar o visto e também para entrar no país. Minha irmã foi parar na “salinha” de entrevista por duas vezes, um stress!

Dúvidas e incertezas

Depois de ter pesquisado literalmente tudo que pode se conseguir de informações pela internet continuamos com a dúvida: Vale a pena mudar para Vancouver?

Temos uma vida que, considerando as estatísticas de nosso país, é privilegiada. Realmente não podemos reclamar, moramos num apartamento lindo na Barra, temos empregos com todos os benefícios da CLT e estamos numa fase de ascensão profissional. Moramos perto de nossos pais, irmãos, sobrinhos, amigos, e estamos sempre com as pessoas queridas por perto.

Algumas vezes nos questionamos porque não simplesmente sossegamos e continuamos a viver a nossa vida como todas as outras pessoas. Mas não fazemos esse tipo, estamos sempre dispostos a mudar, desde que valia a pena.

Eu (Flávia) morei nos EUA por 5 anos, fui para lá fazer faculdade. Quando a faculdade terminou, fiquei por mais um ano para juntar dinheiro, pois já estava bem empregada e com o green card. Resolvi voltar pela falta que sentia da minha família e por acreditar que conseguiria um bom trabalho aqui no Rio. Isso não aconteceu, levei 2 anos para me colocar em minha área de trabalho e com um salário adequado.

Nossa principal motivação para sair do Rio, deixando para trás a nossa cultura e todas as pessoas que amamos é de ter uma melhor qualidade de vida. Não só com relação às questões de 1º X 3º mundos como segurança, educação... Como também de estar numa cidade agradável de viver, boa para criar nossos futuros filhos e onde nós possamos desfrutar de uma vida tranquila em termos financeiros. Não temos a ilusão de ficarmos ricos, nem é isso que buscamos, só não queremos ter uma vida de imigrante, como acontece muito com pessoas ilegais que vão para os EUA.

Nossas dúvidas são se conseguiremos nos colocar no mercado de trabalho sem discriminação; se conseguiremos viver em uma cidade com problemas no sistema de saúde e não ter a opção de procurar um médico particular; e por aí vai...

Depois de decidida a cidade, vamos ao processo...

Pesquisamos as informações no site do consulado do Canadá em SP, vimos que o nosso caso seria o processo federal para profissionais qualificados, fizemos o teste simulado no site (http://www.cic.gc.ca/english/immigrate/skilled/assess/index.asp).

Embora não seja necessário, o site do consulado deixa isso muito claro, demos entrada nesse processo através de uma empresa de advocacia (Interapoio), optamos por fazer dessa forma por ser mais cômodo e termos a segurança de que nada ficará pendente.

Demos entrada no processo dia 7/08/2008, recebemos em 1 mês o número do protocolo e agora estamos aguardando a solicitação dos documentos.

Pelo que tenho lido por aí o tempo médio de espera para essa solicitação é de 6 a 8 meses, então estamos nos preparando para em Fevereiro estarmos com tudo pronto, inclusive o atestado de antecedentes criminais, para assim que eles fizerem a solicitação, já entregarmos tudo no dia seguinte.

Mais algumas preocupações com a cidade

Clima
Quando pensamos em Canadá, pensamos logo em muito frio. Eu já tinha idéia de que em Vancouver o clima era mais ameno, mas não me fazia muito sentido, então resolvi estudar isso um pouco melhor e descobri o motivo:
Ser regada pelos ventos quentes do oceano pacífico e protegida por uma grande cadeia de montanhas ao norte.
Vancouver possui, no inverno, a segunda mais alta temperatura média do país. Seu verão, no entanto, é um dos mais amenos do país. Vancouver raramente chega a -10°C no inverno e a 30°C no verão.
A taxa de precipitação média anual é de 97,13mm enquanto no Rio de Janeio é de 89,25mm (fonte http://br.weather.com)
Vancouver, possui a reputação de ser uma cidade chuvosa. Apesar disso, a cidade registra apenas 166 dias de chuva, sendo que 289 dias são ensolarados.

Conhecendo Vancouver

Temos um amigo que foi morar em Vancouver em Março desse ano, mas através de outro processo. De qualquer forma quando fui pesquisar sobre a cidade, gostei muito dessa descrição do site da ci:

Se você acha que o Rio de Janeiro foi privilegiado pela natureza, espere até conhecer Vancouver. Nesta cidade do Oeste canadense, além de se tomar sol durante o verão nas mais belas praias do globo, também se esquia no inverno. E prepare-se, porque os dias serão longos, já que lá a luz do sol dá adeus dez da noite.
...
Segunda cidade mais alta da América do Norte, o principal pólo canadense de transporte tem o porto mais agitado do país e ainda é dono do segundo aeroporto internacional mais movimentado do Canadá. Mesmo com tanta grandiosidade, típica de metrópoles super poderosas, Vancouver guarda traços de uma cidade interiorana, com pequenos bairros repletos de espaços de lazer.

http://www.ci.com.br/guia-mundo/especial-cidades.vancouver

O início de tudo

Tudo começou quando o Nando estava pensando em mudar de emprego, fez algumas entrevistas e uma empresa de RH sugeriu vagas em outros países como Japão, Austrália...
Eu já morei por 5 anos na Flórida; o Nando trabalha com comércio exterior, fala 4 línguas mas nunca teve a oportunidade de morar em outro país. Pensamos no que seria importante para essa decisão e definimos uma coisa – qualidade de vida. É isso que queremos para o nosso futuro.

Assim fomos buscar as melhores cidades do mundo em termos de qualidade de vida e ficamos entre Vancouver (Canadá) e Melbourne (Austrália).

Decidimos por Vancouver por algumas questões:
- Mais perto do Brasil (mais barato para visitar a família);
- Estações bem definidas (em Melbourne é verão o ano todo).

Começamos então nossa pesquisa sobre a cidade e o processo de imigração.