quinta-feira, 25 de junho de 2009

Onde nos sentiremos em casa?

Tenho lido bastante o blog de imigrantes de todas as partes do Canadá e acho que é uma “tradição” fazerem posts de aniversário de Canadá. Com isso pude perceber a impressão das pessoas pós-novidades e ter uma visão do que eles entendem como vida real em terras geladas.

Uma coisa é comum a 90% dos relatos das pessoas que já fizeram o aniversário de 2 anos no país: Nenhuma delas se sente em casa. Afirmam estarem felizes, aproveitando todos os prazeres do primeiro mundo, mas se sentem imigrantes. Alguns esperam que os seus filhos possam chamar aquelas terras de casa, mas sonham e saírem de lá quando tiverem maior tranqüilidade financeira. O pior é que alguns sabem que a sua relação com o Brasil não será mais a mesma se voltarem, mas sempre deixam a entender de que essa seria uma possibilidade. Outros mostram interesse em passar a velhice na Austrália, Miami (EUA), etc. A questão é que a maioria, depois de vivenciar a rotina canadense não pensa mais em ficar lá para sempre.
Essas observações me intrigaram bastante... Será que uma vez imigrantes não teremos mais o sentimento de estar em casa em nenhum lugar?

6 comentários:

D. e CM. disse...

Acho para chamar de casa a gente tem que se sentir bem no lugar.
Nao me sinto em casa onde ''vivo'', nenhum pouco e conto as horas para embarcar para o Canada, pelo menos por la me sinto bem, apesar de muita gente dizer ''será uma eterna imigrante''...acredito que da feita que a gente nao deixa nada preso no Brasil, e esta disposto de corpo e alma a mudar não só de país, mas mudar por dentro com relação a tudo que aguarda pela frente...podemos nos sentir em casa em qq lugar

Boa sorte na jornada rumo a terra do Maple, vale muito a pena!

Ma disse...

oie!!!

acho isso muito pessoal... das duas vezes que estive em Van eu me senti em casa apos uma semana!!!! tudo bem que é diferente quando vc é imigrante e não tem mais 20 e poucos anos, mas acredito que dá pra ser feliz e se sentir em casa em qq parte do mundo desde que vc esteja na companhia de quem se ama e que se identifique com o lugar, com a cultura, com os costumes, com a música, etc...
o imigrante não pode pensar que vai viver o Brasil no exterior. Tem que ir de mente aberta pra novas experiencias, novas preferencias, novos horizontes. Eu procuro ir me adaptando desde aqui. Leio jornais de lá, ouço as rádios de lá, vejo os filmes de lá e GOSTO de tudo isso. Saudades vamos sentir, é claro, mas precisamos nos desapegar de várias coisas se quisermos ser realmente felizes em terras estranjeiras.

bjos e boa sorte!!!!!!!!!

Ju disse...

Oi! Acabei chegando aqui por acaso e por coincidência escrevi hoje sobre o nosso aniversário de um ano aqui no Canadá. Acho meio bobeira essas frases feitas que a maioria dos blogs adotam. Estamos aqui em Ottawa a um ano e já nos sentimos em casa faz um tempo. Sei lá...acho que o conceito de casa acaba sendo diferente pra cada um.

Beijos,
Ju

Chocólatra disse...

Nando, respondendo ao seu comentário..tenho certeza mais do que absoluta de que o Gustavo é muito mais tranquilo que eu e que vc tb é mais do que a Flávia. Aqui serve a comparação do painel de controle do homem e da mulher, que do homem se resume ao botão liga-desliga e da mulher é um painel de avião...eu sei que vcs vão ver Flamengo forever mas eu e Flá não vamos ver novela! rs
Abração

Anônimo disse...

Olha, de todos os relatos que li, vejo casos mais bem sucedidos do que o contrário. Acho que vcs que ainda têm parentes em vancouver, têm muito mais chances de se dar bem lá do que quem não tem. Boa sorte & coragem!

PRGMELLO disse...

Um amigo meu já dizia "o lar é onde meu computador está", nestes tempos de computação em núvem a gente pode até morar num "Terminal" como no filme do Tom Hanks.
Sem exagero, acho que o nosso bairrismo é o maior obstáculo. Viver o momento e o lugar é realmente a chave.
Já vivi em Cachoeiro do Itapemirim no Espírito Santo e apesar da proximidade com o Rio me sentia como se estivesse do outro lado do mundo... Acredito que migrar acompanhado faz toda a diferença.
Abraços.